Antônio Guerreiro no arquivo do JB (Foto: Reprodução)
Publicado originalmente no site JORNAL DO BRASIL, em 28/12/2019
Descanso do Guerreiro
Descanso do Guerreiro
Jornal do Brasil
Gilberto Menezes Côrtes
Morreu na manhã deste sábado (28), aos 72 anos, na
Policlínica Geral de Botafogo, o fotógrafo luso-espanhol-brasileiro Antônio
Guerreiro, que ficou famoso nos anos 70 e 80, quando suas fotos com as mais
belas mulheres do país ilustraram as capas das principais revistas brasileiras.
Antônio Guerreiro sofria de câncer e era casado com a estilista Maria Tereza
Freire.
Filho de um rico empresário português, Antônio Guerreiro
nasceu em Madri e morou no Marrocos, de onde veio para o Brasil com apenas
cinco anos. O pai criou uma indústria em Juiz de Fora (MG), que lançou doces
com figurinhas de jogadores de futebol. Aos 14 anos mudou-se para o Rio, para
estudar, indo morar numa cobertura no Leme, que virou sua residência
permanente. Pedrinho Aguinaga, eleito o "Homem mais Bonito do Brasil"
nos anos 70, morou com Guerreiro alguns anos e diz ter aprendido com ele
"alguns truques da arte da sedução".
O estalo
Guerreiro cursava a faculdade de economia quando, em 1966,
aos 19 anos, resolveu fotografar a namorada, baiana, herdeira de fazendeiros de
cacau, com uma Rolleiflex. A empatia com a câmera foi imediata. Ao descobrir
que tinha jeito para a arte, passou a fotografar jovens socialites cariocas.
Ficou amigo do colunista espanhol Daniel Más e juntos, no "Correio da
Manhã", passaram a fazer trabalhos. Eram textos escandalosos ilustrados
pelas belíssimas fotos de Guerreiro. Umas das matérias mais famosas foi uma
reportagem com prostitutas da Lapa.
Seu trabalho era tão requisitado que o colunista Jacinto de
Thormes, do mesmo jornal, registrou que deveria ter sido ele, Guerreiro, e não
David Hemmings, a interpretar o fotógrafo que as beldades perseguiam no filme
“Blow-Up”, de Michelangelo Antonioni, sucesso que logo o levou para a revista
“Setenta” da Editora Abril. Embora de curta duração, a revista
"Setenta" foi um marco na fotografia de moda no país. Ficou pouco
tempo desempregado. Foi contratado por Adolpho Bloch para ser correspondente da
Manchete em Paris, onde ficou por dois anos.
De volta ao Rio, abriu o estúdio “Zoom”, ao lado da TV
Globo, no Jardim Botânico, onde passou a fotografar os principais nomes da
sociedade, do meio artístico, moda, etc., fazendo mais de 70 capas das
principais revistas das maiores editoras e agências de publicidade.
Sedutor, teve uma carreira amorosa longa e variada. Viveu
com a socialite Ionita Salles, que deixara o playboy Jorginho Guinle para ficar
com el, casou-se em seguida com a atriz Sonia Braga e depois com Sandra Bréa.
São também citadas como suas conquistas outras belas mulheres, como as atrizes
Bruna Lombardi e Denise Dumont.
Em 1975, inaugurou o Studium, no Catete, onde passou a
fotografar nus, tornando-se o principal fotógrafo da revista
"Playboy", local que funcionou até 1990. No final dessa década, os
negócios do pai faliram, e ele fechou o estúdio. No término do século 20, as
revistas de nus perderam circulação e qualidade. Seu acervo, com mais de 300
mil negativos e cromos, ainda merece ser explorado como retrato de uma época do
Brasil e do mundo...
Texto e imagem reproduzidos do site: jb.com.br
Thanks for sharing the information. You have discussed a Brazilian photographer Antonio Guerreiro who was very famous in the 70s and 80s as a magic photographer. I observed how he decided to become a photographer and how to become a main photographer of the magazine Playboy. It is very impressive. Apart from this article, I learned about hammerhead shark which is the largest of all hammerhead species.
ResponderExcluir